Com o crescimento da importância da tecnologia dentro das organizações, um novo perfil profissional tem sido cada vez mais necessário na alta cúpula das empresas de sucesso. Estes são os executivos com formação em tecnologia que começam a ser vistos como o perfil mais adequado para os cargos de CEO. Esse movimento já tomou corpo no exterior e começa a aparecer com mais intensidade no Brasil.
Em recente matéria publicada no Jornal O Estado de S. Paulo, consultores especializados em recrutamento de executivos, ressaltam que o profissional que chega ao cargo de CTO não tem apenas o domínio técnico. Ele apresenta um perfil de líder, com conhecimento de gestão, estratégia, produto e cultura organizacional. Com essa ampla visão, esses executivos têm todas as habilidades e know-how necessários para chegarem à presidência da organização.
O CTO (Chief Technology Officer) tem a missão de desenvolver projetos de Transformação Digital que envolvem toda a empresa, e isso proporciona a ele uma visão 360º de toda a organização. A reportagem cita alguns exemplos de empresas onde executivos com formação em tecnologia conquistaram o cargo de CEO. Entre elas, XP, Original Hub, Neoenergia, Flores Online e Liberty Seguros.
O conceito de Transformação Digital sempre se fundamentou na importância das pessoas no processo de mudanças. Até então, o foco eram os colaboradores, que necessariamente passariam por treinamentos no intuito de acelerar a transição cultural de um modelo histórico para outro atual e futuro. Agora que o C-Level passa a ser impactado, todo o planejamento tende a acontecer dentro de um cronograma ainda mais rápido.
A pandemia acelerou a transição
De maneira geral, conforme aponta uma pesquisa feita pela consultoria de RH Korn Ferry, os CTOs também percebem a oportunidade de evolução para o papel de CEO como uma progressão natural. A pesquisa mostra que 51% gostariam de se tornar CEO – mas apenas 12% são a favor da migração para o novo cargo de forma imediata. O levantamento ainda descobriu que, para muitos CTOs, essa transformação representa uma oportunidade de crescimento dentro da empresa e a maioria projeta a recuperação pós-pandemia como um período de definição de carreira. O sucesso, segundo a pesquisa, será baseado na velocidade dos líderes em impulsionar os negócios, bem como na eficiência em viabilizar o crescimento da receita.
De acordo com um estudo divulgado pela Exame, de fato, a pandemia acelerou a digitalização dos negócios. Porém, as análises apontam que as organizações ainda encontram grandes dificuldades nessa transição. Segundo os dados, os desafios orbitam principalmente questões de legado, de pessoas e comportamento.
Isso vai ao encontro da matéria do Estado de São Paulo, que reforça o fato da mudança de cultura organizacional ser intrínseca ao conceito de Transformação Digital. De acordo com a reportagem, o primeiro passo nesse contexto é a empresa ter centralidade no cliente. Isso pode parecer evidente e até fazer parte do posicionamento estratégico da maioria das companhias. Porém, na prática, ainda se vê muitas delas sendo conduzidas por produto ou receita. Ou seja, antes de falar de transformação e digitalização, é necessário alinhar a cultura corporativa no cenário atual e futuro. Em outras palavras, a Transformação Digital começa pelas pessoas, sejam clientes, colaboradores e, agora, também os altos executivos. As transformações exigem uma mudança de mentalidade, além das habilidades e conhecimentos técnicos.
Nesse sentido, a pesquisa publicada na Exame revela que a maior dificuldade das instituições é a falta de colaboradores com habilidades necessárias (23.8%). Agora essa carência se volta também para a alta diretoria, cada vez mais cobrada a se enquadrar nessa era digital. Além disso, o estudo indica outros desafios mais frequentes, como: não saber por onde e como começar (20%), falta de investimento (17,1%) e legado tradicional de tecnologia (14.3%). A dura conclusão é de que sem pessoas não há transformação.
Outro ponto importante é a necessidade de reestruturar os processos. Um dos dados existentes mostra que 39% das instituições que já adotaram iniciativas inovadoras têm dificuldade em mensurar a eficácia das estratégias implementadas. Assim, observamos de maneira muito significativa que as organizações já se convenceram da inegável importância da tecnologia como facilitadora e impulsionadora de resultados. Porém, as estratégias entram em conflito com operações tradicionais ainda desalinhadas às novas demandas digitais. Consequentemente, faz-se necessário não apenas otimizar processos e potencializá-los com as iniciativas tecnológicas, mas também conectar todas as pessoas envolvidas com os negócios da empresa: colaboradores, clientes, acionistas, fornecedores, parceiros e demais stakeholders de maneira consistente e transparente.
Portanto, o jogo mudou, e quem quiser se manter na liderança precisará se ajustar às novas regras para que as mudanças sejam incorporadas sem atritos, começando pelas pessoas.
Na Proudfoot Brasil, nós ajudamos nossos clientes a partir dos fundamentos, Humanizar (liderança adequada), Otimizar (implantação de um ecossistema operacional seguro e produtivo), Digitalizar (instalar tecnologias que sustentem a transformação digital). Dessa forma, em conjunto com nossos parceiros, atingimos o nosso objetivo que é desenvolver o negócio para um nível de qualidade superior, visando sempre a excelência operacional e a satisfação de todos os envolvidos tanto de esfera interna quanto externa da empresa. Atuando com uma abordagem de consultoria hands on, não apenas apontamos o problema, mas auxiliamos nossos clientes a resolvê-lo na prática. Assim, vamos na raiz da Transformação Digital, alinhando pessoas e processos à tecnologia, conduzindo CEOs e suas equipes rumo ao crescimento sustentável.
Qual o maior desafio da sua empresa? A Proudfoot Brasil pode te ajudar nessa missão. Entre em contato conosco e saiba como podemos fazer isso acontecer!
Daniel Assis
Presidente da Proudfoot Brasil