Estudo inédito realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que, de 24 setores industriais brasileiros, mais da metade (14, incluindo o de vestuário e têxtil) está bastante atrasada em relação à adoção de tecnologias digitais.
O estudo constatou ainda que esses setores correm riscos de se tornarem tão ineficientes a ponto de serem excluídos da chamada quarta revolução industrial – que será baseada na digitalização e robotização das fábricas e dos processos produtivos para aumentar a eficiência. Os 14 setores que estão em situação vulnerável respondem por cerca de 40% da produção industrial e por 38,9% do PIB Industrial brasileiro, de acordo com o IBGE.
Geralmente, as mudanças em processos afetam diretamente as pessoas, pois são elas que colocarão em prática o que ficou estabelecido nas mudanças. O trabalho de aculturamento dentro de uma organização é gradativo e de médio prazo, pois tira as pessoas da zona de conforto.
É preciso se tornar híbrido antes de migrar para o digital
E um erro que vem sendo muito cometido pelas companhias que querem chegar no futuro ou se tornarem digitais é ignorarem a fase de transição. Assim como não saltamos de uma única vez da infância para a fase adulta, também é preciso levar em consideração que existe um processo híbrido para que os processos se tornem digitais. Mesmo porque, de acordo com o estudo da CNI, apenas 1,6% da indústria brasileira está no patamar mais elevado de desenvolvimento tecnológico e boa parte das indústrias enfrentam problemas com o sucateamento de seu parque de máquinas e equipamentos.
Portanto, para quem almeja chegar lá é preciso diagnosticar a situação real da empresa, descobrir o que está bom, o que precisa melhorar ou simplesmente o que está ultrapassado, arrumando assim os seus processos de negócios. E tudo isso precisa ser feito com um único foco: o aumento da lucratividade.
Percebeu porque o seu negócio pode correr mais riscos que os já habituais enfrentados no cenário brasileiro, fazendo com que a sua empresa não aproveite e surfe na onda da Revolução 4.0? Pense sobre isso!