Quando o documento “Who cares wins” foi publicado em 2005, trazendo o conceito de ESG – Environmental, Social and Governance (em português, ASG – Ambiental, Social e Governança), já se falava na importância de olhar para o futuro. Segundo o mesmo, “o investimento bem-sucedido depende de uma economia vibrante, que depende de uma sociedade civil saudável, que, em última análise, depende de um planeta sustentável”. Essa afirmação era realidade há mais de 15 anos e segue sendo verdadeira.
Segundo estimativas, até 2025, os ativos financeiros em ESG devem alcançar a marca de um terço do total de US$ 140 trilhões administrados no mundo. Hoje, o ESG é fundamental para avaliar o desempenho de uma empresa. Afinal, o uso de energias não renováveis ou a incapacidade de lidar com seus resíduos podem comprometer as atividades no longo prazo. Dessa forma, critérios ambientais, sociais e de governança também proporcionam mais transparência sobre o negócio.
Apesar do debate sobre o assunto já estar na pauta internacional há alguns anos, ele ganhou mais notoriedade no Brasil a partir de 2020. Se do ponto de vista da ação estamos, de fato, atrasados em relação a outras economias, pode-se dizer que o país é muito receptivo ao debate, mas a agenda brasileira ainda é muito fragmentada.
Segundo dados da CoreData Research, 60% dos investidores acreditam que fatores de ESG serão considerados nas análises dos gestores de fundos dentro dos próximos cinco anos. Por isso, novos projetos já começam a sair do papel com atributos sustentáveis, e velhos projetos precisarão passar por mudanças e adaptações. Diferente do que pensam os céticos, os desafios sustentáveis têm se mostrado, também, como grandes oportunidades.
Empresas resilientes investem em ESG
Há diferentes formas de investir em ESG, embalagens biodegradáveis, incentivo ao slow fashion, investimento em reciclagem, parcerias que facilitam o acesso da população aos serviços oferecidos e a busca por fontes de energia renováveis são apenas alguns exemplos que estão dando certo para empresas dos mais diversos setores. O próprio consumidor tem se preocupado em adquirir produtos de empresas socialmente sustentáveis.
No ano passado, a pandemia chamou a atenção do público para o impacto social do nosso modelo econômico e aumentou o anseio por um novo capitalismo. Segundo uma pesquisa da EY-Parthenon, 66% dos brasileiros veem a sustentabilidade como um critério que influencia a tomada de decisão. Além disso, 61% afirmam observar os valores praticados por empresas das quais são clientes.
A economia mundial viveu meses de interrupção da cadeia produtiva, desaceleração e prejuízo, e o PIB brasileiro sofreu uma queda de mais de 4% em decorrência da crise sanitária. O que chama a atenção é que, em 2020, 94% das estratégias sustentáveis tiveram performances que superaram iniciativas convencionais semelhantes. Além de performar melhor, empresas sustentáveis também conseguem diminuir riscos e estão mais preparadas para lidar com as adversidades.
Mudança que transforma
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) demonstrou que 90% dos empresários brasileiros estão atentos à crise hídrica. Os principais pontos de preocupação são o aumento do custo da energia elétrica e a possibilidade de racionamento, dois fatores que podem representar uma perda de competitividade no curto e médio prazo. Empresas como Natura e L’oréal Brasil, que já contam com uma matriz energética sustentável, estão imunes a essa variabilidade.
Inclusive, a pandemia de covid-19 se mostrou um grande desafio e exigiu muita inovação para superar os obstáculos impostos. Ela acelerou a transformação digital, a busca pela excelência operacional e pela eficiência na produção, com uso da tecnologia, e demonstrou a necessidade de investimentos em processos mais sustentáveis. Assim, o impacto social começa a fazer parte da estratégia das empresas e o efeito gerado pelo investimento, além do retorno financeiro, é considerado.
O avanço na agenda sustentável exige o envolvimento de todos os níveis organizacionais. E, cada vez mais, o valor gerado transcende questões financeiras tradicionais. A Proudfoot vem trabalhando com programas de desenvolvimento sustentável e responsabilidade social mesmo antes de a Organização das Nações Unidas pautar o tema. Escolher um parceiro com expertise e experiência para implantar medidas sustentáveis focadas no ESG contribui para acelerar a transformação e evitar falhas de execução que podem desperdiçar recursos escassos.
A Proudfoot atende todas as indústrias brasileiras, em especial estes quatro segmentos:
- Recursos naturais;
- Manufaturas;
- Alimentos e bebidas;
- Infraestrutura.
Quer transformar seus desafios em oportunidades? Fale conosco!
Daniel Assis
Presidente da Proudfoot Brasil