Proudfoot Brasil

Critérios a serem considerados no planejamento orçamentário 2021

O governo enviou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021. Cerca de 94% das receitas serão destinadas para pagar despesas obrigatórias, como salários, aposentadorias e pensões. Entre outras conclusões, o governo projeta um rombo de R$ 233,6 bilhões nas contas públicas.

As estatísticas frequentes nesta época do ano (4º. Trimestre) na esfera federal, nunca poderiam ser replicadas no setor privado. Então o que devemos fazer quando notamos problemas recorrentes, sem medidas de melhorias efetivas na indústria? Esta não é uma resposta fácil de se obter, considerando o aumento das variáveis em que vivemos. Vamos lá.

No setor têxtil, por exemplo, o cenário de 2020 até aqui trouxe uma falta de insumos em meio à alta do dólar. Segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) os elos da cadeia de produção vão precisar de tempo para atender a demanda acumulada e voltar a funcionar de forma sincronizada. Na visão da entidade, o setor tem mais de 70% dos custos atrelados a moedas estrangeiras em insumos como fibras e corantes.

Nesse mesmo período, a transformação digital ficou mais acelerada durante o isolamento social. Dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) apontam que as operações bancárias caíram 53% nas agências e cresceram 19% nos canais digitais.

No varejo o impacto foi gigantesco. Cerca de 150 mil novas lojas surgiram na internet, entre março e setembro de 2020. Como consequência, o setor de logística sofreu um boom de crescimento em poucos meses para atender a tantas entregas de pedidos de compras.

Difícil pensar em fazer um orçamento 2021 sem passar pelo OBZ (Orçamento Base Zero). Será necessário romper com o modelo orçamentário baseado nas despesas históricas, ainda mais complexas a partir de custos escondidos por medidas emergenciais, dignos de uma pandemia.

Algumas medidas podem ajudar:

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Francisco Loureiro
Presidente da Proudfoot Brasil

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