Uma empresa excelente precisa de excelentes colaboradores trabalhando para ela. Mas não é possível atraí-los, muito menos retê-los, a menos que haja espaço para crescer. Isso significa que o futuro das organizações está nas pessoas. E, quanto mais alinhado estiver o propósito individual do colaborador com o da empresa, melhor para ambos.
Nesse sentido, o período de pandemia foi marcado pelo aprendizado. Processos que, normalmente, demoravam meses para serem implantados, passaram a funcionar em poucos dias. As empresas, rapidamente, adotaram um modelo organizacional mais horizontal e flexível, otimizaram os recursos disponíveis e promoveram mudanças. Três características foram fundamentais para a transformação: agilidade, flexibilidade e foco nas pessoas.
Com a gradual diminuição das medidas de isolamento social, é preciso revisitar as políticas adotadas e fazer um balanço geral para implantar, de forma definitiva, o que se mostrou eficiente. A gestão de pessoas nas organizações tem um papel estratégico que envolve a mediação entre os interesses da empresa e as expectativas dos colaboradores. É hora de abandonar políticas de sobrevivência adotadas internamente para driblar as necessidades impostas pela pandemia e pensar no futuro da organização.
A gestão de pessoas nas organizações
Enquanto a maioria das empresas se prepara para retornar aos escritórios, o questionamento sobre as diferentes modalidades de trabalho permanece premente nos meios empresariais. Ainda que o trabalho remoto apresente vantagens, como a economia de tempo de locomoção, as pessoas sentem falta do ambiente de trabalho e do convívio no meio corporativo.
Segundo uma pesquisa do Google Workspace, O futuro do trabalho no Brasil, a maioria dos respondentes sente falta, principalmente, dos cafezinhos e das reuniões presenciais. Além disso, 62% dos entrevistados afirmaram ter trabalhado mais no home office. No entanto, conforme divulgado pelo Valor Invest, apesar do aumento médio de horas trabalhadas, a produtividade recuou. Isso tem relação com a dificuldade das pessoas em enfrentar situações inusitadas, ou seja, a falta de soft skills.
Quando os colaboradores estão isolados, a visão sobre o outro, a empatia e a troca de experiências são prejudicadas. O formato e a cultura de comunicação dentro da empresa impactam diretamente a produtividade individual e, consequentemente, os resultados gerais da organização.
Por isso, a política de comportamento organizacional deve fazer parte da gestão estratégica de negócios. Assim, algumas práticas são essenciais para alinhar o propósito dos colaboradores aos da empresa:
Escolher os melhores talentos para cada time
Saber avaliar as qualidades de cada colaborador é fundamental na hora de criar times de trabalho. Pessoas são recursos importantes, e é papel do líder providenciar um ambiente propício para que o colaborador possa desenvolver todas as suas habilidades, contribuir com a empresa e se sentir motivado a fazer o seu melhor.
Ouvir ativamente as expectativas dos colaboradores
Mais do que abrir canais de comunicação, os colaboradores precisam se sentir confortáveis para se comunicar. Isso vai muito além das reuniões de alinhamento e feedbacks anuais. As conversas particulares, one-to-one talks, em que o gestor pode se comunicar direta e individualmente com o colaborador, permitem informar, reconhecer realizações e ajudar a resolver problemas, bem como alinhar as expectativas.
Promover um ambiente colaborativo
A colaboração é fundamental para o aumento da produtividade. Ainda que o ambiente de trabalho seja competitivo, não se pode esquecer que todos trabalham para o desenvolvimento da empresa. Uma cultura colaborativa permite a soma de habilidades, gera novos conhecimentos e facilita a tomada de decisões.
A gestão estratégica de pessoas é determinante para o enfrentamento e, principalmente, para a superação de dificuldades e crises. Bo Burlingham, autor de Small Giants, afirma que as relações entre os times melhoram quando as pessoas compreendem o papel de cada um, quais desafios seus colegas de trabalho enfrentam e quão importante é o trabalho juntos.
Por isso, algumas metodologias, como a divisão dos colaboradores em pequenos grupos de trabalho com funções, prazos e entregas bem definidos, também conhecida como agile, foram fundamentais para contornar as dificuldades da separação física e podem ser uma maneira de manter o engajamento das equipes no futuro.
Pessoas e lideranças andam juntos. Dessa forma, o gestor deve participar ativamente dos processos, promover pequenas alterações no ambiente de trabalho para facilitar as operações internas, treinar a equipe e, principalmente, saber ouvir. Afinal, o engajamento em todos os níveis da organização é um ponto crucial para o crescimento e o futuro da empresa.
Nós aplicamos com sucesso esses princípios e ações na nossa empresa e nos nossos clientes! Entre em contato e saiba como isso é possível.
Francisco Loureiro
Presidente da Proudfoot Brasil