A análise de crédito, na forma mais tradicional, avalia a probabilidade de uma empresa não cumprir com os seus compromissos de pagamentos junto às instituições financeiras. Trata-se de confiança e credibilidade. No entanto, mediante um 2020 completamente atípico e inédito no mundo, podemos ter como referência as mesmas regras de uma economia em bases regulares, como vivido nos últimos anos?
Ao ler os noticiários, nos deparamos com notícias de empresas na “crista da onda” que mergulharam fundo num oceano de dívidas e quase quebraram por indisponibilidade de crédito ou por enfrentarem taxas financeiras altíssimas, basicamente por não terem a chance de mostrar o potencial operacional do seu negócio.
Manter uma posição de caixa líquida saudável, baseada em balanço sólido, mais do que nunca, virou caminho crítico para se obter uma tremenda vantagem competitiva. Dentre outros fatores de sucesso, essa foi uma das vitórias do Magazine Luiza, única representante do varejo entre as “blue chips” do Ibovespa, num restrito grupo formado por Vale, Petrobrás, Itaú Unibanco, Weg e Ambev.
Níveis de alavancagem, liquidez corrente e endividamento em dólar são alguns dos indicadores que sempre estão no radar das instituições financeiras e pesam na avaliação do histórico visto pelo “retrovisor” do negócio.
Considerando sempre que os níveis operacionais da indústria estão diretamente relacionados aos impactos financeiros, nem é preciso lembrar que o Brasil passa por problemas de sincronia entre oferta e demanda e, pior, de falta de insumos. O choque de realidade que a pandemia deixou como lição, exigiu um olhar muito além do caixa que pesou demasiadamente na produção.
A tal da recuperação em “V” prevista este ano foi colocada em “xeque” pela velocidade com a qual a economia vem respondendo às expectativas, gerando incertezas por parte dos investidores.
Dos 5 Cs do crédito (Caráter, Capacidade, Capital, Colateral e Condições) hoje é possível, com base numa avaliação em nível operacional atual e futura do negócio, melhorar o cenário de risco da empresa, a partir de um trabalho preventivo e, ao mesmo tempo, de visão futura, do potencial a ser realizado. Esse esforço melhora a visibilidade da qualidade dos indicadores financeiros, aumentando as chances de viabilizar a obtenção de linhas de crédito, captação de recursos e créditos comerciais.
Para você que estava habituado a se preocupar com a visão do seu negócio pelo retrovisor, que tal olhar à frente e aumentar as suas chances de crédito junto às instituições financeiras de forma consistente?
É algo a se pensar? Acredito que sim. Fale conosco e saiba como.
Daniel Assis
Presidente da Proudfoot Brasil