Na verdade, tudo pode dar errado! O que deveria importar na estratégia de uma empresa é a definição clara e realista de metas. Essas metas deveriam considerar não apenas as condições internas, mas também as variáveis e os fatores externos, como por exemplo a qualidade e o posicionamento dos produtos e serviços, a capacidade financeira de produzir, a entrega com base em um processo de melhoria contínua, a atenção especial tanto ao que é oferecido tradicionalmente ao cliente quanto às novidades, a capacidade das equipes para gerir as demandas atuais e futuras e a consolidação de tudo isso dentro de um sistema coeso.
O que acontece com muita frequência é que essas premissas básicas não são consideradas. Muitas vezes, o planejamento é guiado pela vontade e interesse de crescimento, sem levar em conta a capacidade interna com relação às pessoas e demais recursos. Isso leva ao estabelecimento de metas pouco ou nada realistas. Além disso, olhando para os fatores externos, é preciso saber qual é o grau de competitividade do seu produto ou serviço no mercado e qual é a atual situação da economia e do seu setor de atuação. Essa necessidade se explica pelo fato de que a vontade de ter um crescimento não significa, necessariamente, que ele vá existir. É necessário conhecimento com relação ao produto, à capacitação, à gestão e à execução.
Normalmente, o quesito execução sofre influências negativas quando não se consegue cumprir o planejado. Na maioria dos casos, isso acontece pela falta de uma projeção realista que considere o todo na situação. Já a capacitação, diz respeito, tanto a soluções de tecnologia quanto a equipamentos adequados, processos eficientes e mão de obra qualificada, seja na execução das tarefas ou na gestão das equipes.
Um exemplo muito claro da equação que envolve planejamento, resultados e execução é o momento em que se estabelecem as metas de orçamento anual. O método mais tradicional consiste em olhar os resultados do ano anterior, prever qual é o orçamento para o ano atual e aplicar esse crescimento na sua base de custo. Porém, é possível estabelecer metas mais eficientes, realistas e qualitativas com base no procedimento de Orçamento Base Zero, que tende a otimizar os custos.
O Orçamento Base Zero ainda gera resistência por parte dos líderes de negócio porque exige o desapego do histórico de valores e de comportamento dos resultados da companhia. Mas, é uma metodologia que, se corretamente aplicada, aliada a capacitações em todas as áreas da empresa, certamente eleva o nível de assertividade, além de aumentar a qualidade do equilíbrio entre orçamento e execução.